A vida é um livro sem epílogo!!!

Devaneios de uma balzaquiana que vive tudo de maneira intensa e única!

sexta-feira, outubro 14, 2005

O que só um amigo pode fazer po vc?

Hoje é dia de preparação prá rever um amigo que conheço há quase 20 anos, beber cerveja, falar besteiras e receber abraços verdadeiros!
Sinto tanta falta desses amigos paulistanos que vez ou outra vêm me visitar, mas eles vêm, e sempre com o mesmo encanto de quando os conheci!!! Sim, eu tenho alguns amigos curitibanos....mas esse fim de semana vou me sentir um pouco em sampa!!!
Que venha o fim de semana etílico, estou preparada!!!

Ouvindo: Gardenias ---- esqueci o nome do cantor , mas o do cd do Buena Vista Social Club

terça-feira, outubro 11, 2005

Um mundo novo!!!

Do Desejo
de Hilda Hilst


E por que haverias de querer minha alma

Na tua cama?

Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas

Obscenas, porque era assim que gostávamos.

Mas não menti gozo prazer lascívia

Nem omiti que a alma está além, buscando

Aquele Outro. E te repito: por que haverias

De querer minha alma na tua cama?

Jubila-te da memória de coitos e de acertos.

Ou tenta-me de novo. Obriga-me.

(Do Desejo - 1992)



* * *



Colada à tua boca a minha desordem.

O meu vasto querer.

O incompossível se fazendo ordem.

Colada à tua boca, mas descomedida

Árdua

Construtor de ilusões examino-te sôfrega

Como se fosses morrer colado à minha boca.

Como se fosse nascer

E tu fosses o dia magnânimo

Eu te sorvo extremada à luz do amanhecer.

( Do Desejo - 1992)



* * *



Que canto há de cantar o que perdura?

A sombra, o sonho, o labirinto, o caos

A vertigem de ser, a asa, o grito.

Que mitos, meu amor, entre os lençóis:

O que tu pensas gozo é tão finito

E o que pensas amor é muito mais.

Como cobrir-te de pássaros e plumas

E ao mesmo tempo te dizer adeus

Porque imperfeito és carne e perecível



E o que eu desejo é luz e imaterial.



Que canto há de cantar o indefinível?

O toque sem tocar, o olhar sem ver

A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.

Como te amar, sem nunca merecer?

(Da Noite - 1992)



Na verdade, não sou eu que não merece , são os outros que não me vêem como deveriam! Tenho que perceber que não sou errada, só qeu a vida não tem manual, nem epílogo, nem certo e errado! É um jogo de xadrez que a qualquer momento nos dá um xeque-mate e você tem que estar preparado.
Mudanças, elas doem e muito....mas aguardem meus amigos, leitores desse cantinho, mesmo que não comentem terei novidades, que fazem parte do meu novo modo de encarar as dificuldades: através de medidas extremas, sem ficar em cima do muro.

Ouvindo: Here´s where the stories ends The Sundays ( na minha opinião deveria ser chamar here´s where the stories starts)